sábado, 23 de abril de 2011

IRMÃOS CORAGEM - CAPÍTULO 33



Roteirizado por Antonio Figueira
do original de Janete Clair
CAPÍTULO 33
PARTICIPAM DESTE CAPÍTULO:


DALVA
ESTELA
DR. RAFAEL
JOÃO POTIRA
JERÔNIMO
RODRIGO
PEDRO BARROS
MARIA DE LARA
JUCA CIPÓ
GARIMPEIROS
JAGUNÇOS

CENA 1 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - CASA-GRANDE - EXT - DIA.

A limusine estacionou na porta da casa-grande e os criados correram para atender os recém-chegados. Dalva entregou a maleta ao negro sorridente e voltou-se para o homem de meia-idade que a acompanhava.

DALVA - Pode entrar. Por aqui, doutor...

Estela chegou á porta para abraçar a cunhada. Vestia-se com sobriedade e recebeu o visitante com um sorriso simpático, de boa acolhida.

DALVA - (fez as apresentações) Dr. Rafael Marques... fez questão de tomar conhecimento do caso de Lara.

ESTELA - (estendendo a mão para o médico) É um grande prazer. Fique á vontade. Não imagina como lhe sou agradecida por se interessar pelo caso de minha filha.

DALVA - Dr. Rafael será nosso hóspede, Estela.

DR. RAFAEL - Por pouco tempo. Não posso me ausentar da clínica. Tirei licença por alguns dias. Três, no máximo... apenas para ver este caso de perto. (e para Estela) Onde está a moça?

CORTA PARA:

CENA 2 - COROADO - ASSOCIAÇÃO DOS GARIMPEIROS - EXT. - DIA.

João apontava para a porta da Associação e conversava com Potira. A índia se mostrava impulsiva, forçando a todo instante entrada na sede, á procura de notícia das eleições. Apesar das manobras desleais do coronel, tudo se processara num ambiente de calma. O episódio da rua fora a derradeira tentativa de Pedro Barros de tentar impedir a realização do pleito. Depois, não se registrara anormalidade.

JOÃO - (animado) Olha só praquilo, índia. Acha que se Jerônimo tivesse perdido, tava naquela alegria?

E, de fato, o garimpeiro mal podia dar um passo, abraçado, apertado, por centenas de companheiros, falando em voz alta e gesticulando excessivamente. A muito custo conseguiu alcançar a rua e se aproximar dos familiares. Abraçaram-se, emocionados.

JERÔNIMO - Quase nem acredito! Será que tou sonhando?

Rodrigo reuniu-se aos dois, radiante, extravasando alegria.

RODRIGO - (sorridente) Temos agora nas mãos uma arma infalível na luta contra as pouca-vergonhas desta cidade.

Jerônimo via os garimpeiros se aproximarem. Com um aceno, pediu-lhes silencio. Pedro Barros se encostou na traseira do carro. Os olhos faiscavam-lhe de ódio. A voz do garimpeiro chegava-lhe possante aos ouvidos.

JERÔNIMO - ...agora, a gente pode botá lei no garimpo... pode fazê muita coisa por todos vocês. Pelo menos, ninguém vai sê mais explorado. Isto eu garanto!

O coronel, sisudo, ouvia as palavras de encorajamento do novo presidente da Associação dos Garimpeiros. Estava rubro, quase roxo, da ira que o consumia. João percebeu a reativação do clima de desordem. Mais alguns minutos e tudo poderia se modificar da calma para a violência e – quem sabe? – até para o crime. Interveio seguro, ponderado, puxando o irmão para longe do grupo.

JOÃO - Larga mão da provocação, mano. Agora, não carece mais.

Braz e seus garimpeiros abandonaram a praça, eufóricos, gritando o nome do novo presidente. Pedro Barros, cabeça baixa, atravessou a praça e, seguido de perto por Juca Cipó e seus jagunços, tomou o rumo da delegacia.

PEDRO BARROS - Preciso conversar com o delegado Falcão.

CORTA PARA:

CENA 3 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - QUARTO DE LARA - INT. - DIA.

Maria de Lara ouviu as leves batidas na porta do quarto. Dalva entrou com um senhor de cabelos ligeiramente grisalhos, rosto jovem e sorriso encantador.

DALVA - Lara, este é o Dr. Rafael, de quem lhe falei.

DR. RAFAEL - Muito prazer, Maria de Lara.

MARIA DE LARA - Prazer, doutor...

O médico apertou confiante a mão da jovem. Notou-lhe as olheiras, o olhar triste e os gestos nervosos. As mãos de Lara tremiam, apoiadas á borda da cama.

DR. RAFAEL - É preciso que tenha confiança em mim. Absoluta. Sua tia me disse que tem sentido dores de cabeça muito fortes... e certas crises. Pode me explicar que tipo de crises?

Lara se mexeu, nervosa, procurando o termo exato para responder ao médico.

MARIA DE LARA - Não sei explicar. Ás vezes penso que seja amnésia... é isso mesmo. Crises de amnésia.

DR. RAFAEL - Amnésia é falta de memória. É isso que lhe acontece?

MARIA DE LARA - Acho que sim. Uma, duas vezes por semana. Primeiro, vem essa dor de cabeça, uma coisa terrível... e, então... as crises.

DR. RAFAEL - Quando diz crises, quer dizer que tem desmaios ou qualquer coisa semelhante?

MARIA DE LARA - Não, não é bem isso... não chega a ser um desmaio. Vem a dor de cabeça e tudo desaparece... Da última vez, acordei numa casa abandonada que existe por aqui.

Durante longo tempo o especialista conversou com a jovem, anotando mentalmente todos os pontos essenciais da entrevista. Formava um quadro clínico, após a delicada anamnese.

CORTA PARA: CENA 4 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - SALA - INT. - DIA.

DALVA - E então, doutor?

DR. RAFAEL - (sério) Bem, D. Dalva, á primeira vista, trata-se de um caso extremamente complexo.


FIM DO CAPÍTULO 33
Jerônimo (Claudio Cavalcanti)

E NO PRÓXIMO CAPÍTULO...

#
O PROMOTOR RODRIGO CESAR OFICIALIZA SEU NOIVADO COM A ÍNDIA POTIRA

#
O DR. RAFAEL SAI Á PROCURA DE MARIA DE LARA E DESVENDA O MISTÉRIO DE DIANA LEMOS!



NÃO PERCA O CAPÍTULO 34 DE IRMÃOS CORAGEM!!!



Um comentário:

  1. achei essa novela completa para download em um blog com os links todos ativos c alguem c interessar me mande um email que eu dou o link
    meu email é andrewilliamrossidasilva@yahoo.com.br

    ResponderExcluir