CAPÍTULO 33
PARTICIPAM DESTE CAPÍTULO:
DALVA
ESTELA
DR. RAFAEL
JOÃO POTIRA
JERÔNIMO
RODRIGO
PEDRO BARROS
MARIA DE LARA
JUCA CIPÓ
GARIMPEIROS
ESTELA
DR. RAFAEL
JOÃO POTIRA
JERÔNIMO
RODRIGO
PEDRO BARROS
MARIA DE LARA
JUCA CIPÓ
GARIMPEIROS
JAGUNÇOS
CENA 1 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - CASA-GRANDE - EXT - DIA.
A limusine estacionou na porta da casa-grande e os criados correram para atender os recém-chegados. Dalva entregou a maleta ao negro sorridente e voltou-se para o homem de meia-idade que a acompanhava.
DALVA - Pode entrar. Por aqui, doutor...
Estela chegou á porta para abraçar a cunhada. Vestia-se com sobriedade e recebeu o visitante com um sorriso simpático, de boa acolhida.
DALVA - (fez as apresentações) Dr. Rafael Marques... fez questão de tomar conhecimento do caso de Lara.
ESTELA - (estendendo a mão para o médico) É um grande prazer. Fique á vontade. Não imagina como lhe sou agradecida por se interessar pelo caso de minha filha.
DALVA - Dr. Rafael será nosso hóspede, Estela.
DR. RAFAEL - Por pouco tempo. Não posso me ausentar da clínica. Tirei licença por alguns dias. Três, no máximo... apenas para ver este caso de perto. (e para Estela) Onde está a moça?
CORTA PARA:
CENA 2 - COROADO - ASSOCIAÇÃO DOS GARIMPEIROS - EXT. - DIA.
João apontava para a porta da Associação e conversava com Potira. A índia se mostrava impulsiva, forçando a todo instante entrada na sede, á procura de notícia das eleições. Apesar das manobras desleais do coronel, tudo se processara num ambiente de calma. O episódio da rua fora a derradeira tentativa de Pedro Barros de tentar impedir a realização do pleito. Depois, não se registrara anormalidade.
JOÃO - (animado) Olha só praquilo, índia. Acha que se Jerônimo tivesse perdido, tava naquela alegria?
E, de fato, o garimpeiro mal podia dar um passo, abraçado, apertado, por centenas de companheiros, falando em voz alta e gesticulando excessivamente. A muito custo conseguiu alcançar a rua e se aproximar dos familiares. Abraçaram-se, emocionados.
JERÔNIMO - Quase nem acredito! Será que tou sonhando?
Rodrigo reuniu-se aos dois, radiante, extravasando alegria.
RODRIGO - (sorridente) Temos agora nas mãos uma arma infalível na luta contra as pouca-vergonhas desta cidade.
Jerônimo via os garimpeiros se aproximarem. Com um aceno, pediu-lhes silencio. Pedro Barros se encostou na traseira do carro. Os olhos faiscavam-lhe de ódio. A voz do garimpeiro chegava-lhe possante aos ouvidos.
JERÔNIMO - ...agora, a gente pode botá lei no garimpo... pode fazê muita coisa por todos vocês. Pelo menos, ninguém vai sê mais explorado. Isto eu garanto!
O coronel, sisudo, ouvia as palavras de encorajamento do novo presidente da Associação dos Garimpeiros. Estava rubro, quase roxo, da ira que o consumia. João percebeu a reativação do clima de desordem. Mais alguns minutos e tudo poderia se modificar da calma para a violência e – quem sabe? – até para o crime. Interveio seguro, ponderado, puxando o irmão para longe do grupo.
JOÃO - Larga mão da provocação, mano. Agora, não carece mais.
Braz e seus garimpeiros abandonaram a praça, eufóricos, gritando o nome do novo presidente. Pedro Barros, cabeça baixa, atravessou a praça e, seguido de perto por Juca Cipó e seus jagunços, tomou o rumo da delegacia.
PEDRO BARROS - Preciso conversar com o delegado Falcão.
CORTA PARA:
CENA 3 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - QUARTO DE LARA - INT. - DIA.
Maria de Lara ouviu as leves batidas na porta do quarto. Dalva entrou com um senhor de cabelos ligeiramente grisalhos, rosto jovem e sorriso encantador.
DALVA - Lara, este é o Dr. Rafael, de quem lhe falei.
DR. RAFAEL - Muito prazer, Maria de Lara.
MARIA DE LARA - Prazer, doutor...
O médico apertou confiante a mão da jovem. Notou-lhe as olheiras, o olhar triste e os gestos nervosos. As mãos de Lara tremiam, apoiadas á borda da cama.
DR. RAFAEL - É preciso que tenha confiança em mim. Absoluta. Sua tia me disse que tem sentido dores de cabeça muito fortes... e certas crises. Pode me explicar que tipo de crises?
Lara se mexeu, nervosa, procurando o termo exato para responder ao médico.
MARIA DE LARA - Não sei explicar. Ás vezes penso que seja amnésia... é isso mesmo. Crises de amnésia.
DR. RAFAEL - Amnésia é falta de memória. É isso que lhe acontece?
MARIA DE LARA - Acho que sim. Uma, duas vezes por semana. Primeiro, vem essa dor de cabeça, uma coisa terrível... e, então... as crises.
DR. RAFAEL - Quando diz crises, quer dizer que tem desmaios ou qualquer coisa semelhante?
MARIA DE LARA - Não, não é bem isso... não chega a ser um desmaio. Vem a dor de cabeça e tudo desaparece... Da última vez, acordei numa casa abandonada que existe por aqui.
Durante longo tempo o especialista conversou com a jovem, anotando mentalmente todos os pontos essenciais da entrevista. Formava um quadro clínico, após a delicada anamnese.
CORTA PARA: CENA 4 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - SALA - INT. - DIA.
DALVA - E então, doutor?
DR. RAFAEL - (sério) Bem, D. Dalva, á primeira vista, trata-se de um caso extremamente complexo.
FIM DO CAPÍTULO 33
E NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
# O PROMOTOR RODRIGO CESAR OFICIALIZA SEU NOIVADO COM A ÍNDIA POTIRA
# O DR. RAFAEL SAI Á PROCURA DE MARIA DE LARA E DESVENDA O MISTÉRIO DE DIANA LEMOS!
NÃO PERCA O CAPÍTULO 34 DE IRMÃOS CORAGEM!!!
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ResponderExcluirmeu email é andrewilliamrossidasilva@yahoo.com.br